sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

0 Mercurialismo


Mercurialismo Metálico Ocupacional é uma intoxicação que ocorre devido à exposição aos Vapores de Mercúrio, presentes em ambientes de trabalho em que seja utilizado o Hg. Metálico. 
Freqüentemente, o Mercurialismo Metálico (MM), é uma Intoxicação Crônica Persistente, enquadrada na Classificação Internacional de Doenças sob o código CID/ T56

As manifestações do Mercurialismo Metálico podem variar, mas são principalmente de caráter neurológico e psiquiátrico, por que o alvo de sua ação é o Sistema Nervoso Central. 

A forma mais comum da doença é a Síndrome Neuropsiquiátrica ou Psico-orgânica, e que está classificada como CID/F06. 

Mas, podem predominar sinais e sintomas de outras doenças psiquiátricas e neurológicas degenerativas crônicas e, portanto, com diversificação de diagnóstico na CID

Além disso, podem ocorrer doenças Endócrinas (tireóide), Imunológicas (alergias, baixa de resistência e doença renal), Hepáticas (hepatite tóxica), Pulmonares (pneumonite tóxica). 

Síndrome Neuropsiquiátrica ou Psico-orgânica

Se você trabalhou ou trabalha exposto a vapores de Hg, deve ficar atento aos sintomas, principalmente se forem constantes e/ou associados a:

a)     Nervosismo, irritabilidade, ansiedade, mudanças de comportamento e alterações de humor. Observar se apresenta confusão, apatia ou agressividade;

b)     Sensação de tristeza, choro e pensamentos ruins, procura por isolamento;

c)      Insônia com distúrbio de sono, com freqüência de pesadelos;

d)     Esquecimento progressivo de datas, compromissos e tarefas cotidianas;

e)     Dores de cabeça, inclusive enxaqueca, dores musculares nos braços e pernas;

f)       Tontura e labirintite;

g)     Sangramento na gengiva, com o amolecimento dos dentes;

h)     Tremores leves;

Algumas pessoas podem apresentar também, alucinações com a sensação e percepção de vultos, vozes, perda de consciência com quedas e convulsões.
Esta síndrome neuropsiquiátrica, descrita desde a antiguidade em mineiros e pintores de castelos, é irreversível. Ela surge no período de exposição e persiste mesmo depois de cessada esta exposição.

Diagnóstico, Exames e Tratamento.

1.      Exame Básico Clínico-ocupacional.

      a)     Exame clínico no qual é obtido o histórico médico do paciente;
      b)     Levantamento epidemiológico (histórico ocupacional do paciente).

2.      Exames Especializados de Avaliação do Sistema Nervoso Central.

      a)     Bateria de testes neuropsicológicos (avaliação do déficit de memória, atenção, coordenação etc.);
      b)     Exames de imagem (ressonância magnética do crânio /RMC, encefalograma e hipófise, tomografia computadorizada de crânio /TCC e perfusão cerebral / SPECT);
      c)      Exame oftalmológico com campo visual;
      d)     Exame psiquiátrico.

3.      Exames de avaliação de outros órgãos;

       a)     Tireoide (hormônios e ultrassonografia);
       b)     Exames imunológicos;
       c)      Exame de urina tipo 1;
       d)     Exame de proteínas, colesterol;
       e)     Exame de função hepática.

Observação:

O Exame de dosagem de Hg urinário (Hg U) é realizado para o diagnóstico da doença de Mercurialismo Crônico, depois de cessada a exposição.
Trata-se de um importante indicador biológico de exposição ambiental no trabalho. Deveria ser feito pelas empresas sempre que seu trabalhador estiver exposto, pois, isto é uma exigência do Ministério do Trabalho.

Tratamento:

1.      Tratamento sintomático da síndrome neuropsiquiátrica: Com medicamentos que melhoram os problemas de ansiedade, depressão, insônia. Analgésicos e às vezes anticonvulsivantes;

2.      Tratamento com antioxidantes. Vitamina E e C, selênio;

3.      Tratamentos complementares: Psicoterapia e Fisioterapia;

4.      Tratamentos alternativos: acupuntura;

5.      Tratamento com “substâncias quelantes” que mobilizam e eliminam o Hg depositado no ser usadas mediante protocolo de avaliação médica.*(substância Quelante é aquela com capacidade de "agarrar" determinadas partículas metálicas. A palavra Quelante vem do grego "chela", que significa garra. Essas substâncias são normalmente utilizadas na medicina porque, ao se aderirem às partículas metálicas, facilitam sua eliminação pelo organismo. Por exemplo: A Quelante do ferro se agarra ao ferro, facilitando a sua eliminação. É claro que normalmente, não se usa a Quelante do ferro porque ele é um mineral importante para o organismo, mas sim, as quelantes de metais pesados como chumbo ou mercúrio, tóxicas ao ser humano.

Causas da Neurotoxicidade do Mercúrio:

Os efeitos neurotóxicos de Hg metálico decorrem de sua alta volatilidade e emissão de vapores, mesmo em temperatura ambiente, somados a facilidade com que o metal passa para a corrente sanguínea, atravessando as barreiras hematoencefálica e placentária. 
Além do mercúrio metálico, outras formas de Hg como o Orgânico, determinam síndromes neuropsiquiátricas. Neste caso as síndromes atingem principalmente a crianças e mulheres que tenham ingerido peixes e pescados contaminados.
Os mecanismos usados pelo organismo para proteger o Sistema Nervoso Central, não são eficientes em relação ao Hg, pois o metal se deposita em várias estruturas do Sistema, causando danos persistentes e morte de neurônios.
O Hg determina também a alteração do Sistema Imunológico (principal sistema de defesa do organismo) e é um potente “oxidante”, ligando-se a diversas proteínas e enzimas, alterando drasticamente várias reações do organismo das células do Sistema Nervoso Central.

Fonte: www.aeimm.org.br/mercurialismo

Não foi Acidente!

 

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